segunda-feira, 21 de julho de 2008

VOTAR NULO NÃO É SOLUÇÃO, QUE PENA!

Como havia dito na semana passada, a reunião na futura ex-casa da família Di, Ale e Manu foi muito bacana e proveitosa, tanto que decidi dividir os assuntos em duas partes. Então vamos à segunda parte:
Papo vai, papo vem, começamos a falar sobre eleições. Foi levantada uma bola de que há uma lei eleitoral que prevê a realização de novas eleições caso haja mais de 50% de votos nulos. Pensei: Caramba, vou fazer uma camisa com os dizeres “Vote em branco já!” Finalmente aprendi uma forma legítima e direta para dizer que está tudo errado, que não é desta forma que desejamos ser governados. Porém, quando a esmola é muita, o santo desconfia.

Fui até a internet e pesquisei sobre o assunto. Realmente o código eleitoral diz em seu artigo 224: "Se a nulidade atingir a mais da metade dos votos do País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias."

Só que, quando a justiça fala em 'nulidade', refere-se a votos anulados em decorrência de atos ilícitos, como fraudes em documentos, abusos em relação a Lei eleitoral, por exemplo. Não quis se tratar do voto nulo dado pelo próprio eleitor.

Era de se estranhar que esses facínoras fizessem uma lei contra eles mesmos. Mas que seria bom, ah isso seria! Ver a cara da bandidagem tentando arranjar explicação para o fracasso.

Por isso digo e repito: VOTAR NULO NÃO É SOLUÇÃO! Temos sim é que procurar uma agulha que ainda não esteja enferrujada para votar em meio a esse palheiro fedido. O nosso voto nulo só vai ajudar a candidatos exploradores, de ocasião ou de cabresto, como alguns empresários e evangélicos, ou os dois.

Assim sendo, estarei inaugurando na próxima semana, uma coluna ai ao lado intitulada: “Você conhece seu candidato”, pra jogar bosta no ventilador, ou não. Afinal, quem não deve não teme...

terça-feira, 15 de julho de 2008

E HORA DE ATEAR FOGO NO PAÍS!

Sábado fui a um “botafora” na casa do Di e da Alê, um casal que está deixando as longínquas paragens de Jacarepaguá para sorver o vento marinho do Leme. Gente legal, boa comida, bebida, música e papos pra lá de interessantes, que fazem a gente pensar. Tanto que numa coluna só ficaria muito grande, por isso decidi dividir em duas, uma hoje e outra semana que vêm. E a de hoje é a seguinte:
OU A GENTE ATROPELA A HIPOCRISIA, OU A HIPOCRISIA ATROPELA A GENTE
Peço desculpas aos amigos presentes pela exasperação do meu tom de voz, mas é que esse assunto realmente me tira do sério. Conversávamos sobre a lei Seca, quando um assunto veio à tona: Dar ou não propina.
Fiquei pensando na lógica da feira: Numa feira livre quem ganha mais não é o feirante ou o agricultor, e sim o atravessador, só pelo simples fato de disponibilizar o produto de um para o outro vender. Nessa história da “lei seca” acontece a mesma coisa. Quem vai se dar melhor não é o governo que evitará mais mortes no trânsito, ou a população que ficará mais segura ao trafegar pelas ruas. Quem vai se dar melhor será a polícia, que por sinal, já tem até tabela de propina elaborada.

Acordei no domingo e fiquei me imaginando dando “cinqüentinha” para um bandido uniformizado chamado de policial, como se fosse eu um cheirador ralé e inveterado, pego pelos “homens” na descida do morro, com o bolso cheio de “papel”. Não sei se foi a ressaca ou se foi esse pensamento, mas fiquei com um vontade louca de vomitar. Com essa idéia e a dor de cabeça me martelando o juízo, cheguei a uma conclusão:

OU A GENTE ATROPELA A HIPOCRISIA, OU A HIPOCRISIA ATROPELA A GENTE
Precisamos tomar uma posição urgente. Eu, você, todos nós. Nós só vamos mudar o Brasil se finalmente admitirmos que somos fora-da-lei!

Somos fora-da-lei quando inventamos um jeitinho para sonegar o imposto de renda. Ele é arbitrário e injusto, mas é a lei. Somos fora-da-lei quando votamos em alguém apenas pelas benesses que talvez recebamos, seja em dinheiro, comida ou emprego. Somos fora-da-lei quando damos uma esmolinha ao mendigo ou pagamos ao “flanelinha” para ele vigiar nosso carro. O mendigo não vai matar sua fome com dez centavos e tampouco o “flanelinha” vai impedir que seu carro seja roubado. Somos fora-da-lei quando usamos nosso poder econômico ou status social (vide juizes, promotores, desembargadores) para tornarmos exceção à regra, à lei. Finalmente, somos fora-da-lei porque damos propina a policiais, fiscais e outros da mesma corja, para que eles deixem passar nossos pequenos deslizes, mesmo que as regras e leis sejam absurdas, eleitoreiras e inconstitucionais.

Somos fora-da-lei e ponto final! Então, agentes do governo responsáveis pelo bom cumprimento da lei e da ordem, processem-nos e prendam-nos! Pois nós nunca mais vamos lhes dar um centavo! Quero ver se vai existir cadeia e tribunal para um país inteiro. Aí vocês, agentes da lei, vão achar muito trabalhoso, e como trabalho não é uma coisa a que vocês são muito chegados, mudar-se-ão as leis. Aí então, finalmente o país vai pra frente.

Só à título de registro: Neste encontro no sábado, bebi normalmente e voltei dirigindo de Jacarepaguá, lugar que não conheço e me perco sempre, à Niterói, às 3 horas da manhã. Não cometi nenhum acidente, e por sinal, nenhuma falha de trânsito, como avanço de sinal, por exemplo. Nesse “gato e rato” que se transformou o trânsito, venci mais uma. Resultado final: Spitz 1 x Polícia 0.

DEBATER É PRECISO!

A coluna “Se for Dirigir Não Beba, Fume Maconha”, que você poderá ler aí embaixo sobre a “Lei Seca” é mesmo polêmico e por conta disso estou recebendo um zilhão de opiniões diferentes. Uma que vale à pena ler é o comentário que está em anexo à coluna, até porque é um outro ponto de vista, contrário ao meu. Pena que o autor preferiu manter-se anônimo...
Eu da minha vez continuo achando como o meu amigo Ronaldo: “Se a gente vai ter que ficar de cara limpa, quem vai pegar as feias?”, hehehe...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

ADO, A, ADO, ESSA DANÇA É DE VIA...

Programas de televisão apresentados por gente sem conteúdo e sem carisMa (mas que ganham um rio de dinheiro), com atrações saídas de um circo de horrores são normais por aqui, principalmente domingo à tarde. É tão deprimente que faz a gente pensar.
Imaginem só a cena: Domingo à tarde, eu deitado no sofá na casa da minha sogra, assistindo o programa da Eliana. De repente entra uma cambada de modelos (elas com cara de quenga, eles com jeito de boiola) todos sem roupa e com os corpos pintados, como se estivessem trajando fantasias de super-heróis. É o que eles chamam de “Body Paint” .
Tudo bem, o trabalho do artista é interessante, valendo uns 10 minutos de matéria. Foi quando percebi que aquilo não era uma matéria e sim um quadro fixo, e que durava mais de meia hora! Chato demais!!! Mas o pior ainda estava para vir...
De repente, do nada, entra um gorda (que graças à Deus não gravei o nome) e começa a cantar: Ado, a, ado, cada um no seu quadrado! Então, os modelos pintados de super-heróis começaram a dançar, cada um em cima de um quadrado pintado no chão!!!! Precisei de um Maracujina para me acalmar, rsrsrsrsrs. Acho que até o Falcão, meu ídolo brega, teria vergonha de uma cena neuro-degenerativa como essa.
Fui para casa pensando. Vai ver que é por isso, ao imenso espaço dado a coisas sem sentido, que a moda hoje não está no futuro, e sim no passado. Quer exemplos, então vamos lá: Emuladores de Atari, camisas de times “retrô”, samba de raiz, rock clássico, forró pé de serra, funk da antiga, e por ai vai... Até o que há dez anos parecia horrível fica maravilhoso, frente ao que é feito hoje.
Achar e investir em gente nova e talentosa custa tempo e dinheiro, Por isso se dá tanto valor a “créus, melancias, quadrados e afins”. É a política do papel higiênico: Você vai cagando e vai usando, cagando e usando, até que, mais ou menos um mês depois (se seu intestino for pouco producente), você dá a cagada derradeira, usa a última folhinha do papel higiênico, joga o rolo velho fora e põe um novo em seu lugar.
Em relação à famigerada “Dança do Quadrado”, tenho uma sugestão para a letra:
Ado, a, ado cada um no seu quadrado,
Ado, a, ado marginal é deputado!

Cacciolla no seu quadrado,
Eurico no seu quadrado,
Juiz Lalau no seu quadrado,
Todo mundo enjaulado!

Ado, a, ado, Garotinho enjaulado!
Ado, a, ado Zé Dirceu indiciado!