terça-feira, 14 de outubro de 2008

É PRECISO SABER A HORA DE PARAR!

Essa não é apenas uma máxima, é uma verdade universal. O tempo é inexorável para todos, para mim, para você e para os gênios, que não deixarão de sê-los, porém não vão ter mais a saúde, a paciência ou a benevolência de realizar suas proezas tantas vezes seguidas. Zico e Pelé continuam sendo craques, mas se tivessem que disputar um jogo oficial sairiam aos 15 minutos do primeiro tempo.

O tempo é inexorável para o físico e para o cérebro. Se é assim para quem, como nós, possui o cérebro normal, no tamanho padrão, imagina para aquele cidadão ou cidadã que tem o cérebro do tamanho de uma ervilha?

A Xuxa (essa mesmo) é um bom exemplo de indivíduo desprovido de um tamanho encefálico satisfatório, e que passou do ponto. Na verdade passou muito do ponto. Xuxa, que um dia foi uma uva, hoje não passa de uma passa (essa foi horrível...).

Xuxa poderia ter aproveitado a gravidez e ter encerrado a carreira com dignidade, há uns dez anos atrás. Seria ela então um ícone, um ser quase mitológico. Uma espécie de Eva Perón das crianças brasileiras. Mas não!!! Xuxa prosseguiu e hoje disputa audiência com Maísa (é assim que escreve?), uma “mini-petit”, como diria o Marcelo Tas, com seis anos de idade e que muita gente, como eu, acha que é uma anã. O pior, é que nessa briga de IBOPE sem o menor glamour, a velha rainha louca está perdendo feio...

Até o projeto XSPB (Xuxa Só Para Boçaizinhos), que outrora rendeu excelentes dividendos, hoje está fazendo água. O “Xuxa Só Para Bitoladinhos” é uma versão tupiniquim e mal acabada daqueles programas musicais gringos, tipo Hi-Five, Backyardingans (é assim que se escreve?), Barney ou Lazy Town, instrumentos tão malevolamente destinados à lobotomização infantil que fariam Joseph Menguele sentir inveja.

Esta edição do projeto XSPB foi além de qualquer um dos outros, levando a mediocridade à fronteira final. Mais do que horrorizar com sua voz de “cambaxirra ululante” e de surpreender com letras complexas com apenas 4 palavras, (Aí vem o macaco, o macaco, o macaco, o macaco, o macaco...), A velhinha dos baixinhos teve a inebriante idéia de regravar uma canção e colocá-la como ‘música de trabalho”.

Qual música???

Tumbalacatumba-tumba-tá. Esse é o nome da música. Cara, a Xuxa regravou uma música da Vovó Mafalda!!!!!!!!! Quem tem mais de trinta, assim como eu, sabe do que eu estou falando.

TUMBALACATUMBA-TUMBA-TÁ!

Vovó Mafalda cantava isso no “Clube do Bozo”, enquanto Papai Paudo dançava atrás, imitando uma múmia! E a Xuxa regravou!!!! É pra mijar de rir se não fosse absolutamente deprimente.

Roger Daltrey do The Who repetia sempre o lema punk: Viva rápido, morra jovem! Nunca concordei, mas depois disso passei a entender um pouco mais...

2 comentários:

Anônimo disse...

Siceramente, não sei o que a Xuxa ainda quer sendo criança. Acho que ela sofre de complexo de perterpan. Um abraço.

http://so-pensando.blogspot.com

Rafael Portillo disse...

Eu não sou fã da Xuxa, mas discordo com você. Você tem de observar o mesmo assunto por outro prisma. Eu consigo enxergar, pois atualmente sou pai de um menino de 3 anos, e minha sobrinha de 6 está passando férias comigo.

Não acho que é hora da Xuxa parar. Até mesmo porque, não existe mais nenhum idolo infantil. Ela é a ultima de sua especie. Se ela parar, teremos no máximo os meninos do Bom Dia & Cia e a Maisa, que convenhamos, não ensinam nada, e nem a Maisa é exemplo para criança nenhuma. Nem mesmo as crianças acham graça. São os adultos que riem das abobrinhas que ela diz.

Além disso, pelo menos no bairro onde moro, na cidade do Recife, todas as crianças gostam das musicas da Xuxa Só Para Baixinhos. Inclusive, as musicas de 4 letras não são muito criativas para nós, adultos, mas as crianças acabam assimilando rapidamente as musicas e inclusive seguem seus ensinamentos: meu filho de 3 anos tem uma dicção impressionante, diz por favor e obrigado quando pede as coisas, sabe contar alguns numeros, além de conseguir reconhece-los com facilidade. E isso são só alguns dos diversos beneficios que meu filho conseguiu assistindo não somente Xuxa, mas estas obras destinadas as crianças mais novas.

Por fim, não vejo nada de mais em regravar Vovó Mafalda. Hoje em dia todos reclama-mos que as novas musicas não se comparam com as antigas. O melhor então é regravar as musicas esquecidas, sinceras homenagens, fazendo com que novas gereções aprendam com elas, que não permite que estas musicas morram.

Deveria observar tudo com dois pontos de vistias, pelo menos...

http://rafaelportillo.blogspot.com