SERÁ QUE ISSO É HUMOR?

Punhetando o controle remoto da tv, procurando algo razoavelmente decente para assistir, deparei-me com o novo (na verdade não sei se é novo) programa do Marcos Mion na MTV, um tal de “5ª Categoria”.

Para quem nunca teve o desprazer de assistir, trata-se de 4 paspalhos (no pior sentido da palavra), entre eles o próprio Mion, disputando provas de improviso pretensamente humorístico. Eu adoro todo tipo de humor, do pastelão ao Non Sense, e sou capaz de rir até mesmo da “Praça é Nossa” e da “Escolinha Maluca do Magal”, mas ao assistir ao “5ª Categoria” a única coisa que senti foi náusea.

Sim, porque percebi que o tamanho do ego de determinadas pessoas não tem fim, e isso me dá enjôo. Estou me referindo ao Marcos Mion, um ser que se acha, o “muderno”, o “stand-up comedy man”, o “prafrentex”, enfim, o “cara”. Aí, o sujeito cheio de si, chama 3 amigos do mesmo naipe e que sonham com as luzes da ribalta, e faz uma pataquada dessas. Era preferível o sr. Mion reeditar o “Piores Clipes do Mundo” que era muito, mas muito mais divertido...

AS ORIGENS DO BORDEL BRASIL

Há uns dois anos atrás escrevi meu primeiro blog, que serviu de protótipo para este: “Bordel Brasil – Onde quem não come é comido!” Acho que eu nunca fui tão feliz ao criar uma frase quanto desta vez.

Aqui no Bordel Brasil essa máxima vale desde quando os índios andavam peladões por aí. Na verdade não sei se foram os portugas que a ensinaram para os índios ou se foram os índios a que ensinaram para os portugas. O que eu sei é que os índios de hoje desistiram de fez de serem comidos e passaram a comer a tudo e a todos.

Beneficiados por leis que os protegem de forma especial, os antigos silvícolas estão dando baile em malandro. Já viu índio andando em pickup Mitsubishi importada zero Quilometro? Em Marabá, no estado do Pará, é o que mais tem. Já viu índio pilotando lancha de 32 pés? Pois nas praias do Maranhão é que mais tem. E por aí vai...

Mas de onde vem o dinheiro para tanto luxo? Vem do tráfico ilegal de madeira, extração ilegal de pedras preciosas, biopirataria, venda indébita de terras, narcotráfico e de outras maneiras que nós nem imaginamos. E tudo isso “dentro da lei”!!!

Gente, o que eu estou fazendo aqui? Vou colocar uma tanga e vender umas esmeraldas no alto Xingu!

TROCANDO ALHOS POR BUGALHOS

Marcelo Tas é mesmo um sujeito diferenciado. Talvez tenha sido o primeiro na televisão tupiniquim a juntar humor e jornalismo de forma incisiva e relevante, anarquizando sem desrespeitar. Porém ontem no CQC Tas deu uma “escorregada” ao apresentar a matéria sobre o lançamento da banda Sexy Dolls, Tas referiu-se às “artistas” Julia Paes, Carol Miranda (sobrinha da Gretchen) e Sabrina Boing Boing, como prostitutas, ao invés de atrizes pornô.

Porém Tas não está de todo errado. Então vejamos. Segundo o dicionário Michaelis, uma das definições de prostituta é: Modo habitual de vida da mulher que se entrega à prática, retribuída, do trato sexual. Ora bolas, uma atriz pornô não se entrega ao sexo em troca de dinheiro? Então ser atriz pornô ou ser prostituta dá mais ou menos no mesmo. A diferença é que uma “prostituta padrão” precisa trabalhar muito, a vida inteira, para sonhar em ganhar os mesmos R$ 500.000,00 que Carol Miranda levou para ter seru “currículo” devasto em cena.

Não sou contra as prostitutas, muitíssimo pelo contrário. Sou mesmo a favor da descriminalização da prática. O que sou contra é a hipocrisia reinante, principalmente quando os holofotes estão acesos. Pensando bem, Marcelo Tas acertou em cheio!