terça-feira, 26 de agosto de 2008

UMA OLIMPÍADA DE EQUIVOCOS I – CHINA BOTA GASOLINA


Talvez estas tenham sido as Olimpíadas mais chatas dos últimos tempos. Em primeiro lugar porque foi na China, um país onde não se pode fazer nada fora do roteiro. E em segundo lugar porque foi na China, um país que tem o fuso horário totalmente diferente do nosso, o que nos obrigou a fazer mágica para acompanhar as competições. A única coisa que alegrou essas Olimpíadas foram os narradores, comentaristas e repórteres, que incentivados pela quebra constante de recordes, soltaram o gogó e se superaram no quesito besteirol. Como essa gente consegue falar tanta merda em tão pouco tempo!

Vamos começar do começo, sem redundâncias. Na cerimônia de abertura a repórter Sônia Bridi da rede Globo (É assim que se escreve?), laureada como primor de repórter, não conseguia terminar uma frase, um raciocínio. Sônia foi dona de momentos como: “A principal diferença da escrita da dinastia Xang para a escrita da Dinastia Ming foi...” Foi? Foi??? Foi o quê, bolas???? Até agora eu não sei, porque ela não completou a frase.

Pedro Bial queria fazer poesia com esporte e cultura. Como poeta Bial é um excelente apresentador de BBB. Suas reportagens eram tão blazê (é assim que se esceve?) e pseudo-intelectuais que me davam mais sono que o maracugina que tomo antes de dormir. Uma beleza...

Soube que a equipe da Band em Pequim teve seu passaporte cassado deixando-os retidos na China. O Motivo? Só podem embarcar seres vivos, não “mortos-vivos”. Gente, de onde desenterraram Álvaro José e Elia Júnior? E Sívio Luiz?! “Vai Bruneba, manda o canhão!” (Sílvio Luiz narrando um lance de ataque do jogador Bruno da seleção brasileira de Handball). Salva-se aí somente o Luciano do Valle, o único que controlou seu lado torcedor e colocou um pouco de bom senso em suas locuções.

Mas incontestável mesmo foi o ouro com direito à recorde mundial de Galvão Bueno. O que é Galvão Bueno narrando jogo? No começo dava vontade de tentar o suicídio ao ouvir Galvão bostejando no microfone. Depois, seguindo o conselho de Cacá, um amigo meu, abstraí e comecei a achar engraçado. Aliás, a coisa mais engraçada das Olimpíadas.

Frases toscas como “China, bota gasolina!” (tradução para o grito de guerra da torcida chinesa), “Bateu um desânimo!” ( na semifinal do vôlei de praia), e “Não agradeça, nós é que agradecemos à você!” (Para Emanuel do vôlei de praia, imaginando que seria a última partida dele em olimpíadas, fato descartado pelo atleta logo após). Porém o que vai ficar pra sempre em minha mente é a expressão “força mental”. Galvão Bueno repetiu essa expressão tantas vezes nas finais do vôlei que eu passei até a contar. Foram mais de 45 vezes, 19 em uma só partida.

Agora falando sério. Galvão, não está na hora de se aposentar não?

UMA OLIMPÍADA DE EQUÍVOCOS II – DERROTAS E DERROTAS

Uma vitória não apaga uma derrota como uma derrota também não apaga uma vitória. Isso é uma verdade. Como também é verdade que no esporte vence sempre o melhor, mesmo que o vencedor só tenha sido melhor por frações de segundos.
Então vamos aos fatos: Não adianta as jogadoras de vôlei de quadra fazerem sinal de silêncio para as câmeras depois da conquista do ouro, porque, por mais que tenha sido brilhante e sensacional, não apaga o fracasso de 2004. Digo mais! O fracasso de 2004 foi fator primordial para o sucesso de hoje.
Não adianta a imprensa e os críticos de plantão mandar lenha em cima da seleção masculina de vôlei pela perda da medalha de ouro. Essa seleção é simplesmente a única na história que se manteve hegemônica durante dois ciclos olímpicos, ganhando seis ligas mundiais, duas copas do mundo, um ouro e uma prata. A seleção perdeu, mas como grande campeã que é, reconheceu que os Estados Unidos são melhores e ponto.
Dizem que a prata para nossa seleção feminina de futebol foi injusta. Não foi. A equipe americana soube jogar o jogo melhor que a nossa. Sabendo da sua inferioridade técnica e da sua superioridade física, soube se defender e, no momento certo, fez o suficiente para alcançar a vitória.

Para terminar, fico com as palavras de Marcelinho, levantador da seleção de vôlei: “Esta medalha de prata tem gosto de prata.” É isso mesmo. “Medalha de bronze que tem gosto de ouro” e “Campeão Moral” fazem parte do discurso dos fracos e perdedores. Juliana Veloso dos saltos ornamentais nunca disse que o seu 16º lugar valeu como ouro, apesar de significar bem mais do que o 6º lugar do Jadel Gregório, ou a ridícula posição do Diego Hipólito (qual foi mesmo?), se compararmos as condições de treinamento e competição da Juliana com as condições desses outros atletas.

Acho que precisamos formar menos “Campeões Morais”...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OLIMPÍADAS I – PERDEMOS MAS GANHAMOS. TOMARA...

Na copa de 90 na Itália, o fiasco da nossa seleção foi nomeado de “Era Dunga”. Dunga carregou o estigma de burro, truculento e desqualificado por 4 anos, até que obteve sua redenção na copa de 94 nos Estados Unidos, onde passou a ser chamado de “Capitão do Tetra”, um marco da combatividade e da perseverança. Na verdade, Dunga é o herói de 94 ou vilão de 90? Para isso, cada um tem uma opinião diferente.

Chegamos então ao ano de 2007. Após outro fiasco da nossa seleção em uma copa do mundo, a CBF chamou Dunga para ser técnico, para ela CBF, um dos heróis da conquista do tetra. A intenção do sr. Ricardo Teixeira era dar um caráter mais disciplinador à equipe e ao mesmo tempo dar um “puxão de orelhas” nas estrelas.

Agosto de 2008. O Brasil toma um chocolate da Argentina na semifinal das Olimpíadas e perde a vaga para a final, contentando-se com a disputa do bronze. Mais que isso. A seleção não vai nada bem nas eliminatórias da copa do mundo. Mais que isso. Após 2 anos de trabalho, o técnico Dunga não conseguiu dar padrão ao time. Sequer conseguiu fazer um time.

Dunga realmente é disciplinador, e só. Dunga sempre foi um combatente, e só. Na verdade, Dunga sempre foi um soldado, um peão, um cão que obedece fielmente às ordens do seu dono. E quando põem o soldado, o peão, o cão no comando, o que ele vai fazer? Nada, esta é a resposta. Porque quem sempre foi acostumado a receber ordens raramente saberá dá-las. Não faz parte da sua essência, do seu pensamento.

A culpa não é do Dunga, e sim de quem o colocou onde ele está. Ninguém pode exigir capacidade de pensamento e reflexão a um cão, a um pau mandado. Para piorar, o pau mandado acreditou que era o dono da situação, o senhor do engenho. Aí revestiu-se de soberba e prepotência, enchendo nosso saco com mau humor, arrogância e um time pífio.

Espero do fundo do meu coração de torcedor que esta derrota nas olimpíadas de 2008, para a mesma Argentina da copa de 90, faça com que o sr. Ricardo Teixeira e sua horda corrijam o erro que cometeram e inaugurem uma nova era na vida de Dunga: A “Era do Ex-Técnico”. Ou é isso, ou pela primeira vez em todos os tempos, ficaremos de fora de uma Copa do Mundo.

OLIMPÍADAS II – CADÊ A MINHA VARA!


Ontem pela manhã aqui, noite em Pequim, no estádio Cocô de Pombo, perdão, Ninho de Pombo, mais uma vez fomos garfados pelo complô internacional que não quer que o esporte tupiniquim saia da 38ª posição no quadro de medalhas. Fabiana Murer, nossa esperança para a prata olímpica ficou sem sua vara de salto.

Procura daqui, cata de lá e nada da vara aparecer. Era um tal de chinês falando, se explicando, e ninguém entendendo lhufas. O negócio é que a vara não apareceu. Até arranjaram outra, mas o estrago já tinha sido feito e Fabiana Murer, totalmente desconcentrada viu 4 anos de trabalho irem pro espaço.

Mas o que aconteceu com a vara? Eu tenho a resposta. Segundo Alvarenga, enviado especial em A Griy Oins, o bairro chinês de Teresópolis, Quem travou a vara da Fabiana foi mesmo Diego Hipólito. Triste com a sentada do domingo, Hipólito resolveu descontrair um pouco a mente e a bunda. Por isso surrupiou o instrumento de trabalho da Fabiana Murer para um inocente jogo de “Pega Varetas”. O problema é que, pelas regras do Diego Hipólito, a vareta tem que ser pega pela compressão das nádegas...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A BUNDA, O PEITO E O PUNHO

Que o programa da Luciana Gimenez é um lixo todo mundo sabe. E como todo bom programa lixo, os participantes devem ser os tipos mais nauseabundos que se possa imaginar. O programa de ontem não poderia ser diferente.
A personagem principal do “circo dos horrores” foi Sheyla Almeida, a brasileira que mora nos states e que tem os maiores peitos siliconados da América Latina. Na balbúrdia ainda participavam outras pessoas, como a Mulher Melancia e a Tati Macho, ex-BBB.

Cara, o que é essa tal de Sheyla? De que bueiro saiu essa ratazana?? Ela não pode ter os maiores peitos, porque ela não tem peitos, ela tem uma bunda no tórax. Tanto que até a burra da Luciana Gimenez (o mundo vai acabar...) teve a sacada de compara o tamanho da bunda da Melânica, com o peito da tal de Sheyla. Resultado: A bunda torácica venceu a bunda de verdade.

Determinado momento, Luciana Jumenta, perdão, Gimenez pergunta à Tati Macho qual a opinião dela sobre a plástica da tal de Sheyla, a vaca holandesa. Com a coragem que só um ser do sexo masculino pode ter, Tati mandou na lata: “Acho que ela está querendo aparecer!”

Foi o bastante para o pau comer. Foi um festival de xingamentos, ameaças de abandono do programa, uma baixaria tão grande que preferi ir vomitar e dormir. O fato é que estou do lado de Tati, homem pra caramba, ex-BBB. Quem é Sheyla Almeida? Em que ela trabalha?? Qual o requisito dela para freqüentar programas de auditório??? Ela sabe cantar, dançar, faz mágicas?????

Não. Sheyla Almeida vive dos peitos. É do cachê pela aparição em programas deste naipe que ela tira seu sustento. É transformando seu corpo numa aberração que ela põe comida na mesa. Tanto que ela provavelmente será a próxima estrela pornô da Brasileirinhas, num filme que deve se chamar: “Espanhola pra cinco!”

Nada contra, cada um ganha a vida como pode e com o que tem, mas não vem me enganar...

CABÔ CAQUI TU VAI EMBORA!

Renato Gaúcho foi demitido do Fluminense. Eu, como bom rubro-negro, fiquei deveras triste com a notícia. Sim, por mais que pudesse parecer, eu sempre gostei do ex-jogador, ex-tranho e agora ex-técnico Renato. Depois da aposentadoria forçada (pena que não é atrás das grades, ainda...) do sr. Eurico Miranda, Renato assumiu o posto de parlapatão mor dos gramados cariocas.
Sempre com frases de efeito moral e defeito futebolístico, o eterno garoto propaganda da churrascaria Porção (sempre achei que ele era chegado numa lingüiça, para não falar da picanha), fazia-me rir quando, com aquele ar prepotente de “reizinho das laranjeiras”, diziza sandices como: “Nós vamos ganhar a Libertadores e aí vamos brincar no Brasileiro...”

Pelo que tudo indica a demissão do sr. Renato foi decorrência do forte aumento do número de exames e internações por motivos cardíacos, tanto da torcida tricolor, quanto dos torcedores dos outros times, que tiveram síncopes de tanto rir. Tamanho aumento gerou um prejuízo inconteste à Unimed, principal patrocinadora do clube das laranjeiras.

A notícia só não foi melhor para a torcida tricolor porque o novo técnico do time é “Seu Cuca é Eu”, famoso por ter um cubo de gelo em cada pé. Se a fama de Cuca prevalecer, nada poderá tirar o Fluminense da degola...

CALA A BOCA BIAL!

Só para lembrar: No esporte quem faz poesia é o atleta, cabendo ao jornalista apenas narrar o fato. Somente Nelson Rodrigues, Armando Nogueira e Sérgio Porto conseguiram fazer poesia escrita em cima de feitos esportivos, e definitivamente Pedro Bial nem de longe pode ser incluso nesta lista. Portanto Bial, vai apresentar BBB!