terça-feira, 26 de agosto de 2008

UMA OLIMPÍADA DE EQUÍVOCOS II – DERROTAS E DERROTAS

Uma vitória não apaga uma derrota como uma derrota também não apaga uma vitória. Isso é uma verdade. Como também é verdade que no esporte vence sempre o melhor, mesmo que o vencedor só tenha sido melhor por frações de segundos.
Então vamos aos fatos: Não adianta as jogadoras de vôlei de quadra fazerem sinal de silêncio para as câmeras depois da conquista do ouro, porque, por mais que tenha sido brilhante e sensacional, não apaga o fracasso de 2004. Digo mais! O fracasso de 2004 foi fator primordial para o sucesso de hoje.
Não adianta a imprensa e os críticos de plantão mandar lenha em cima da seleção masculina de vôlei pela perda da medalha de ouro. Essa seleção é simplesmente a única na história que se manteve hegemônica durante dois ciclos olímpicos, ganhando seis ligas mundiais, duas copas do mundo, um ouro e uma prata. A seleção perdeu, mas como grande campeã que é, reconheceu que os Estados Unidos são melhores e ponto.
Dizem que a prata para nossa seleção feminina de futebol foi injusta. Não foi. A equipe americana soube jogar o jogo melhor que a nossa. Sabendo da sua inferioridade técnica e da sua superioridade física, soube se defender e, no momento certo, fez o suficiente para alcançar a vitória.

Para terminar, fico com as palavras de Marcelinho, levantador da seleção de vôlei: “Esta medalha de prata tem gosto de prata.” É isso mesmo. “Medalha de bronze que tem gosto de ouro” e “Campeão Moral” fazem parte do discurso dos fracos e perdedores. Juliana Veloso dos saltos ornamentais nunca disse que o seu 16º lugar valeu como ouro, apesar de significar bem mais do que o 6º lugar do Jadel Gregório, ou a ridícula posição do Diego Hipólito (qual foi mesmo?), se compararmos as condições de treinamento e competição da Juliana com as condições desses outros atletas.

Acho que precisamos formar menos “Campeões Morais”...

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